DFT na pintura industrial: do ajuste do instrumento à aceitação por área

O DFT — espessura de filme seco — conecta o preparo de superfície ao desempenho do revestimento. Controlá-lo não é apenas “bater um número”, mas criar um método repetível que amarre aplicação, inspeção e aceitação. O caminho começa com o ajuste do instrumento para a superfície real (perfil de rugosidade, material base), segue com um plano de amostragem coerente com a área e a criticidade, e termina em uma decisão objetiva de aceitação.

Por que isso reduz conflito? Porque uma única leitura não representa a área. Medições distribuídas por zona, com média por área e limites mínimos, oferecem um retrato fiel do que foi aplicado. Em sistemas multicamadas, medir após cada demão evita descobrir desvios no final, quando corrigir é mais caro. A correlação com o perfil de ancoragem importa: superfícies tratadas de modo uniforme (ex.: cabine automática) tendem a gerar DFT com menor dispersão; em reabilitações por hidrojato, muitas vezes é prudente realizar preparos localizados para recompor perfil onde necessário antes do primer.

Documentar condições ambientais — temperatura, umidade relativa e ponto de orvalho — explica variações residuais e fortalece a defesa técnica. Na especificação, o valor nominal de DFT deve conversar com o ambiente real de exposição do ativo e o sistema de pintura escolhido. Esse alinhamento diminui a chance de falhas prematuras e simplifica auditorias. Um relatório simples, porém completo, amarra: áreas medidas, instrumento e ajustes, condições ambientais, valores individuais e médias por área, status de aceitação e fotos de referência.

O resultado é previsibilidade: menos retrabalho, menos disputa, mais obra entregue.

Quer padronizar DFT no seu projeto? peça nosso checklist de medição e aceite.

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